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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AA RENOVAÇÃO DA AGUIA


A águia

ÁguiaA águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie ela chega a viver 70 anos. Mas, para conseguir chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Quando atinge os 40 anos, ela está com as unhas compridas e flexíveis, não conseguindo mais agarrar as suas presas das quais costuma se alimentar. O bico, alongado e pontiagudo, se curva.

Suas asas envelhecidas e pesadas estão apontando contra o peito, em função da grossura das penas, e voar já é muito difícil!

Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cerca de 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha, e se recolher em um ninho próximo a um paredão, onde não haja a necessite de voar.

Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. ÁguiaApós arrancá-lo, espera nascer um forte e renovado bico, com o qual irá depois arrancar todas as suas unhas.

Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar então as velhas penas.

E só após esses longos e dolorosos cinco meses é que ela sai para o famoso vôo de renovação, e, para viver mais 30 anos.

Com a história da vida da águia (resoluta), podemos tirar proveito para aplicar em nossa própria vida.

Para que possamos continuar num verdadeiro vôo de vitória, devemos, antes de qualquer coisa, deixarmos de lado aquele passado dolorido que nos trás, não um aprendizado que nos faz corrigir o futuro, mas sim dor, tristeza, pesares.
Muitas das lembranças que temos de nosso passado, como aquilo que "estávamos acostumados" a fazer ou a viver, não devemos estar remoendo ou revivendo, e sim abandonando, deixando de lado. Nosso real e atual intuito é olhar para Jesus e seguir em frente, em direção ao futuro renovado. Não só Jó em todo o seu sofrimento passado, mas todos sabemos que até as árvores se renovam ao serem cortadas, então por que não nos renovarmos? "Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos". (Jó 14:7).

E para isso, muitas vezes, teremos de subir no alto de uma montanha, não literalmente, é claro, mas nos resguardar por algum tempo e começar, como a águia, um processo de restauração. Devemos começar de novo, virar da página, mas para renovar o nosso interior, o nosso espírito. "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo". (Tito 3:5).

O recomeçar numa folha em branco é, talvez, a única maneira de nos livrarmos do que se foi, e estarmos completamente prontos para aproveitar o resultado valioso da restauração, principalmente se esta restauração foi por intermédio de Cristo e, se não estiver baseada apenas numa renovação exterior, mas na esperança em Deus, então estaremos aptos a voar como águias. "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão". (Isaías 40:31).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TESTEMUNHO DE GUNNAR VINGRE



Introdução
Nasceu no dia 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Seu pai era jardineiro, profissão que Vingren seguiu até os 19 anos. Foi criado num genuíno lar cristão. Logo aos 18 anos tornou-se sucessor de seu pai na Escola Dominical; naquele mesmo ano, o Senhor falou claro ao seu coração de que ele seria um missionário.
Seu Preparo 
Em 1898, Vingren teve oportunidade de participar de uma Escola Bíblica; ao final daquele mês de estudos, começou já o trabalho missionário no interior de seu país. Em 1903, viajou para os Estados Unidos, e logo ingressou num Seminário Teológico Batista em Chicago. Em 1909, Deus o encheu de uma grande sede de buscar o batismo no Espírito Santo o que não tardou a receber. Ao pregar esta verdade à igreja que pastoreava, começaram os problemas; a igreja se dividiu entre os que criam e os que não criam em sua pregação. Dirigiu-se, então, para South Bend, Indiana, onde a igreja recebeu com gozo as Boas Novas e se tornou uma igreja pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo no primeiro verão.
Sua Chamada Para o Brasil Numa reunião de oração, um dos irmãos presentes foi revelado que Gunnar Vingren serviria ao Senhor no Pará, que mais tarde ele descobriu que era um estado no norte do Brasil. Numa outra reunião como aquela, seu futuro companheiro, Daniel Berg, que conhecera numa conferência em Chicago, foi chamado para acompanhá-lo ao Brasil. Depois disto, não demorou muito para que a ida ao campo se tornasse uma realidade. Seus últimos dias na América foram de provas, atestando de que Deus é quem os chamava para a obra. Finalmente, partiram do porto de Nova Iorque com destino a Belém do Pará no dia 5 de novembro de 1910.
Adaptação ao Campo No dia 19 de novembro desembarcaram em terras brasileiras. Com certa dificuldade, sobretudo porque não falavam a língua nativa, chegaram até a casa de um pastor batista que lhes ofereceu hospedagem, um corredor escuro no porão da casa e sem janelas. Para aprenderem o português, Daniel trabalhava numa fundição durante o dia, enquanto Gunnar estudava, e à noite, então, ele compartilhava o que tinha aprendido. Apesarda pobreza, da simplicidade da alimentação, das doenças, calor e mosquitos, a chama do Evangelho os enchiam cada vez mais de gozo, atenuando assim o sofrimento.
Primeira Assembléia de Deus Depois de seis meses, Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração. Sem receio, ensinou-os acerca das operações do Espírito Santo e da cura divina. Durante aquela semana,nas reuniões de oração nos lares, o Senhor curou a senhora Celina Albuquerque de uma doença incurável e dias depois a batizou com Espírito Santo e com fogo, sendo então a primeira pessoa brasileira a receber a promessa. Na semana seguinte, o pastor da igreja entrou de surpresa num daqueles cultos; depois de declarar várias acusações, insinuando que eles ensinavam falsas doutrinas, provocou uma divisão na igreja que findou na exclusão dos missionários e mais dezoito membros que os apoiaram testificando a verdade. Então, em 18 de junho de 1911 estes formaram a primeira Assembléia de Deus.
Avanço da Obra O trabalho missionário não se reteve, avançando de cidade em cidade, onde o Evangelho era pregado e os sinais os seguiam. Sofriam muitas perseguições, sobretudo pelos católicos que eram ensinados que a Bíblia dos protestantes era falsa e se lida os levaria ao inferno; que Maria e os santos são intercessores junto a Jesus; que aqueles que não seguissem o catolicismo iriam para o inferno, e outros. Apesar das dificuldades, onde passavam, o Senhor curava, salvava, batizava com o Espírito Santo e manifestava seu poder por seus dons, sinais e maravilhas. Desta forma, a quantidade de crentes crescia a cada dia. Contemplavam, também, o fim daqueles que se levantavam contra a obra, pois era o próprio Deus quem lhes dava a recompensa. Nos primeiros quatro anos de trabalho foram 384 pessoas batizadas nas águas e 276 no Espírito Santo, na igreja de Belém do Pará.

Depois de cinco anos em terras brasileiras, Vingren foi à Suécia, onde por três meses pôde compartilhar as maravilhas que Deus operara no Brasil. Pouco antes de seu regresso, encontrou-se com uma irmã enfermeira chamada Frida Strandberg que também tinha chamada para o Brasil. Mais tarde eles se casaram em Belém do Pará.

No desejo de que todo o Brasil recebesse a mensagem, foram enviados missionários a Alagoas, Pernambuco, e ele com sua família foram para o sul, iniciando no Rio de Janeiro, depois Santa Catarina e outras cidades no estado de São Paulo. Após outra série de viagens, voltou alguns anos depois para residir permanentemente no Rio de Janeiro. Assim como no Pará, a obra pentecostal no Rio de Janeiro crescia exponencialmente. Vingren participava ali na edição do jornal “Mensageiros da Paz”, além de seu trabalho como pastor e evangelista.

De 5 à 10 de setembro de 1930 houve uma importante Conferência Nacional dos obreiros pentecostais em Natal. A principal decisão foi de que a obra missionária na região norte estaria sendo dirigida exclusivamente por obreiros nacionais. Os anos seguintes foram de grande expansão da obra, sobretudo no Rio de Janeiro.

No dia 15 de agosto de 1932, o pastor Gunnar Vingren e sua família despediam-se da igreja do Rio de Janeiro e do Brasil de volta à Suécia.
Seus Últimos Dias Já nos últimos anos que viveu no Brasil, Gunnar Vingren vinha tendo alguns problemas de saúde que pioraram bastante depois de chegar à Suécia. No dia 29 de junho de 1933 ele entrou no descanso eterno, mostrando através de suas palavras, o grande amor que tinha pelos irmãos brasileiros. Sua partida, descrita detalhadamente numa carta enviada por sua esposa ao Brasil, foi uma linda experiência para a família, que sentia claramente a glória de Deus; e sem dúvida para o servo do Senhor, Gunnar Vingren que, sentindo grande gozo e alegria foi recebido na eternidade.