LIBERDADE CRISTÃ

          O que é Liberdade Cristã? É nada mais, nada menos que, ser livre, mas acima de tudo, ser livre com responsabilidade. Pois, não devemos confundir, liberdade com libertinagem, toda liberdade no evangelho deve ser baseado no amor.

        "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros. Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne", Gálatas 5:13-16.

       Agora, no versículo 13 ele nos avisa contra o abuso desta liberdade da justificação cristã. Eis uma prova ampla de que a doutrina da justificação pela fé, sem as obras, é verdadeira. De outro modo, esta exortação não seria necessária. Se Paulo estivesse pregando a justificação pelas obras, não haveria sentido para tal exortação. Nós, que pregamos a salvação pela graça, por meio da fé e sem as obras, deveríamos também avisar contra o abuso da doutrina. Quem quiser ser salvo pela graça e então usar esta verdade como desculpa para pecar, mostra que não está na graça. Tanto no tempo de Paulo como em nossos dias, há quem diga: "Se a lei foi satisfeita por Cristo, e se somos salvos pela fé nEle - de tal maneira que não podemos perder esta salvação, então podemos continuar a viver em pecado". Spurgeon respondeu assim a tal argumento: "Homem, você fala assim porque nunca nasceu de novo". E poderá acrescentar que este é um argumento irracional. Dizer que porque Deus é bom eu posso agir como um demônio - que porque Ele me salva a um custo infinito de Sua parte e sem nenhum custo para mim, devo sentir que não lhe devo nada - que escolhido na eternidade em Jesus Cristo para ser santo, devo ver o quão ímpio posso ser - que sendo nascido de novo, não mostre nenhuma educação. Com certeza, ninguém que tenha nascido novamente, e está em estado de graça, pensa ou argumenta deste modo. Paulo dá o antídoto para tal raciocínio em outro lugar, ao dizer: "Julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou", 2 Coríntios 5:14-15.

          A grande problemática dos que querem ensinar sobre a liberdade cristã, mais não esclarecem como tem de ser, é o LEGALISMO esse é terrivel, pois o legalismo é  uma tentativa frustrada de impor limites em nome de Deus, porém dentro dos conceitos humanos. 

           Ditames tais como: Não use tal roupa, ou não pratique tal esporte, ou ainda, não coma tal comida ou tal bebida, falando coisas e ensinando doutrinas puramente humanas, isto vai totalmente de encontro ao que a Palavra de Deus fala, já fomos libertos do jugo da servidão. Quando eramos impios e cegos neste mundo e Paulo falou sobre isto.      

          “Se estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, porque vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, como: não toques, não proves, não manuseies? Todas estas coisas estão fadadas ao desaparecimento pelo uso, porque são baseadas em preceitos e ensinamentos dos homens. Têm, na verdade, aparência de sabedoria, em culto voluntário, humildade fingida e severidade para o corpo, mas não tem valor algum contra a satisfação da carne.” Colossenses 2:20-23.  

            Em Gálatas 5:1, Paulo exorta os Gálatas e a nós, ficarmos "firmes na liberdade com que Cristo nos libertou", e não mais meter-nos "debaixo do jugo da servidão".

            Nos tempos dos apóstolos, esse mal teve que ser administrado pelos santos daquela época. A diferença entre o legalismo daquela época e o legalismo de hoje é o que se quer ou não obedecer. O legalismo não tem comprometimento com a Palavra, mas sim com regras e dogmas eclesiasticos, mas esses dogmas, nada tem a haver comos dogmas e doutrinas Bíblicas, portanto, tomemos cuidado com tal doutrina humana, que as vezes se trona laço do diabo, impedindo de muitos até mesmo adentrarem nas igrejas sentindo-se constrangido com tal pratica. Congregações padronizarão seus cultos litúrgicos e estabeleceram isso como doutrina em alguns lugares, desmerecendo até mesmo outras culturas que temos em um país tão policultural como o Brasil. A liberdade em Cristo, por outro lado, tem o seu limite. Ela se limita em reter as obras da carne, crucificando o velho homem, permitindo que o novo homem se renove a cada dia (Rm 6:6. Gl 5:19;20;21). A liberdade em Cristo nos iguala, mas não a uma identidade que possa ser simplesmente estereotipada, e sim na santidade que se manifesta através de nossas obras. O legalismo existente em nossos dias é uma realidade que deve de ser combatida com a própria palavra de Deus, como o apóstolo Paulo fez no livro de Gálatas, ao chamar os crentes daquela região de ‘falsos irmãos’, que se entremeteram em espreitar a liberdade em Cristo que eles tinham, com o devido propósito, reduzindo-os à escravidão (Gl 2:4).O legalismo escraviza, e ,quando permitimos isto, falsificamos a verdade do evangelho em nós mesmos, permitindo que a nossa vida deixe de ser marcada de boas obras em amor, para se tornar apenas fachada de algo que possa ser visível, na maioria das vezes, somente por fora. 

           Jesus sempre bateu nessa tecla, inclusive ele dedicou um capitulo inteiro na Bíblia falando sobre o legalismo, que gera hipocresia. Mt 23. Fica então nossa palavra sobre este assunto, crendo que muitos se libertarão desta "santidade" mascarada que tem permeado tantas igrejas. Não importa como você serve a Deus, com saia, calça, maquiada, com palmas ou danças, o que importa é que você viva um evangelho genuíno e pautado na palavra, acima de tudo alvorando um testemunho serio, demostrando ser verdadeiramente separado deste mundo e digno de ser chamado filho de Deus.

                                                                       Jackson Gunnar Vingre