Bancada Evangélica Apelará Contra a Distribuição do Polêmico Kit “Gay“
A Bancada Evangélica se articula para pedir a proibição da proposta do kit contra homofobismo, conhecido como kit ‘gay’ no Legislativo e Executivo.
A mobilização da frente do governo Dilma Rousseff veio a partir da proposta de distribuição do kit composto de cartilhas e DVDs contendo informações sobre o universo homossexual juvenil, para alunos de 7 a 10 de idade de 6 mil escolas da rede pública.
“Há um sentimento muito negativo, não só na bancada evangélica, mas nas famílias. Crianças nessa fase de formação não têm estrutura para observar coisas dessa natureza. Temos nos articulado para barrar esse kit. Nós vamos tentar com o ministro (da Educação) evitar a distribuição do material,” disse o deputado Jefferson Campos (PSB-SP).
O tema polêmico gerou muita discussão no Congresso, principalmente com a apresentação de um vídeo na Comissão de Legislação Participativa da Câmara com a atuação de um travesti de aproximadamente 15 anos.
Depois de protestar contra a iniciativa, parlamentares da bancada evangélica mobilizaram cidadãos de todo o país em um abaixo-assinado para impedir a distribuição do material. Os representantes da bancada também questionam o MEC com a questão da política de diversidade.
Caso não seja cedido o pedido, os parlamentares já planejam recorrer à presidente Dilma Rousseff, alegando que os evangélicos contribuíram para a sua vitória na presidência da República.
“Apesar de sabermos que é missão do MEC, nós, que somos da base do governo, podemos recorrer à Presidência. Dilma recebeu dos evangélicos um apoio muito grande no segundo turno. Acreditamos que esse apoio foi fundamental para sua vitória,” lembrou o deputado.
A avaliação da bancada evangélica é de que o material incentiva à diversidade sexual dos alunos. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por exemplo, alerta que a atitude pode se transformar em apologia.
“Sou a favor do combate à homofobia. Só não se pode transformar certas situações em apologia,” disse.
Um dos vídeos do kit mostra a cena de um jovem estudante chamado José Ricardo, o qual apresenta-se com roupas femininas e cabelos femininos. Ele reclama aos professores que lhe chamem de Bianca e mostra seu dilema ao ter que escolher entre entrar em um banheiro feminino ou masculino.
Além desse filme, o segundo criou grande desconforto quando o secretário da Secada, André Lázaro, afirmou que a dificuldade maior do grupo de trabalho de produção foi o de decidir se aprovariam um beijo lésbico na boca e até onde a língua entraria.
“Discutimos três meses um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Cortamos o beijo,” disse o secretário.
O kit foi feito com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e através de acordo entre o Ministério da Educação (MEC) e a ONG Ecos.
OBS: INTERESSANTE QUE ELES (MEC) ACHAM QUE ISTO É COMBATE AO PRECONCEITO E ACHAM QUE NÃO DESRESPEITAM AS FAMILIAS BRASILEIRAS.
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